Página 20-Rio Branco-AC - 12/03/2004
Dos mais de 500 mil hectares de floresta de bambu existente no Acre, pelo menos 90 mil estão dentro da área da reservas extrativistas o que levou o Ministério do Meio Ambiente a desenvolver um projeto de utilização desse recurso para produzir renda alternativa para seus moradores já a partir deste ano.
Em todo o mundo os bambuzais, ou tabocais como são popularmente conhecidos no Acre, funcionam como fonte de matéria prima para a produção de móveis, construção de moradias, objetos utilitários e de decoração, fabricação de papel e entra até nem componentes eletrônicos. Pouca gente sabe, mas a primeira lâmpada inventada por Thomaz Alva Edson acendia com um filamento de bambu. Quando queimado ele produz 30% mais de energia que as melhores madeiras.
Paulo Ricardo de Carvalho diretor da gerência de desenvolvimento estratégico do Ministério do Maio Ambiente com suas atividades voltadas para as cadeias produtivas reconhece a necessidade de fazer com as reservas extrativistas passem a produzir lucros que garantam a melhoria da qualidade de vida de seus moradores.
"A utilização do bambu como fonte de renda é prefeita do ponto de vista ambiental porque é renovável; do ponto de vista social porque gera emprego e renda, além de ser ecologicamente correto porque evita a realização de desmatamentos para ampliar as fronteiras produtivas".
Tabocais produtivos
O trabalho será iniciado nas reservas extrativista Chico Mendes e Alto Juruá. "A primeira coisa é fazer um levantamento das espécies existentes por aqui, a partir daí elaboraremos um plano de exploração racional dessa riqueza. Só não iniciamos ainda porque estamos aguardando a liberação do orçamento, mas já decidimos que estará incluído no Plano de Operação Anual (POA-2004). Para realiza-lo vamos procurar parcerias com a Embrapa, Ufac e outras entidades que atuem nessa área".
(Juracy Xangai-Página 20-Rio Branco-AC-12/03/04)
UC:Reserva Extrativista
Unidades de Conservação relacionadas
- UC Alto Juruá
- UC Chico Mendes
As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.