Indígenas cobram ações da Funai

A Tribuna - 21/11/2007
Índios contanauás ocuparam ontem a sede da Organização dos Povos Indígenas do Alto Juruá em Cruzeiro do Sul. Eles reclamam a morosidade da Fundação Nacional do Índio (Funai) em iniciar de imediato o processo de demarcação das terras indígenas localizadas no Rio Tejo dentro da reserva extrativista do Alto Juruá.

Além da demarcação das terras, os indígenas reivindicam também na Fundação Nacional do Índio desde 2000 o reconhecimento da etnia. Eles alegam que ocupam a referida área de terra há mais de 100 e que o maior problema enfrentado é a falta da demarcação da terra por parte da Funai.

De acordo com os próprios índios, a morosidade e a demora na demarcação têm irritado os membros da comunidade que exigem da Fundação Nacional do Índio, uma imediata explicação para o caso.

No entanto, a inexistência de uma representação da Funai em Cruzeiro do Sul tem dificultado as ações do órgão na região.
Em decorrência da ausência de uma representação da Funai no Juruá, grande parte do papel constitucional daquele órgão tem sido realizado pelo Conselho Indigenista Missionário, alias único órgão que compareceu ontem para conversar com o povo contanauás.

O Conselho Indigenista Missionário, de acordo com o coordenador do órgão em Cruzeiro do Sul, tem feito todo empenho necessário e possível para intermediar esse assunto entre os índios contanauas e a Fundação Nacional do Índio.
Os indígenas chegaram a Cruzeiro do Sul de barco depois de viajarem mais de três dias descendo o Rio Juruá, já que eles habitam nas cabeceiras do Rio Tejo no município de Marechal Thaumaturgo.

Além da Funai, as reivindicações serão levadas também ao conhecimento Ministério Público, ao BID e à Organização dos Povos Indígenas do Alto Juruá. A delegação deverá ir até a sede da Funai em Porto Velho para apresentação das reivindicações.
UC:Reserva Extrativista

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