Três caminhões com mais de dez toras (cerca de de 40 metros cúbicos) de madeira foi apreendido por agentes de fiscalização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Pará.
A apreensão ocorreu na noite de 25 de fevereiro, quando uma equipe com quatro servidores do Instituto e quatro guardas florestais da Vale do Rio Doce realizava um monitoramento rotineiro a fim de detectar ilegalidades ambientais no entorno da Floresta Nacional de Carajás, perto do município de Paraupebas.
Os proprietários dos caminhões, que carregavam castanheira, melancieira e muiracatiara, foram autuados em flagrante e terão de pagar R$ 24.678,00 em multas. Retidos dentro da Unidade de Conservação, os três veículos juntos foram avaliados em R$ 115 mil.
"Eles foram autuados, com base no Decreto 6.514/2008, por transportar madeira sem autorização válida para todo o tempo da viagem. O parágrafo primeiro do artigo 47 desse decreto é bem claro: transportar madeira sem autorização valida para todo o tempo da viagem", explica o analista ambiental do ICMBio e chefe da Floresta Nacional de Itacaiúnas, Edilson Esteves.
Além do artigo 47, os agentes de fiscalização usaram também o artigo 93 do mesmo decreto para dobrar o valor das multas. De acordo com Esteves, dois dos motoristas flagrados e autuados eram donos do respectivo caminhão e responsáveis pela madeira e, um, era apenas motorista.
O chefe da Flona disse que geralmente, nas apreensões, as pessoas autuadas omitem a origem e o destino da madeira. A apreensão de três caminhões de uma só vez, segundo ele, não é uma rotina nas mobilizações para monitoramento. "É difícil pegar três de uma só vez porque, normalmente, os criminosos atuam em horários variados", informa.
Esteves considera sorte a apreensão dos três caminhões porque, "geralmente, quando a gente pega o primeiro caminhão, os outros são avisados pelos motoristas que passam na estrada e avisam os fazendeiros sobre nossa presença e param de rodar ou se escondem ou abandonam o caminhão", conta.
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