Ibama reprime grilagem de terras na APA do Planalto Central

Viaecológica-Brasília-DF - 31/03/2003
O Ibama resolveu agir mais diretamente contra a grilagem de terras em áreas de preservação ambiental no Distrito Federal. Tem início hoje (31) e prolonga-se por todo o mês uma série de operações contra parcelamento ilegal do solo, que vem causando a destruição de nascentes e forte impacto sobre córregos, riachos e o próprio lago Paranoá, além do rio Descoberto, que abastece a maior parte da capital da República. A gerente executiva do Ibama no DF, Eulália Machado, estará à frente da equipe de fiscais na região do córrego Vereda da Cruz, em Taguatinga (DF), onde o parcelamento irregular do solo, que o governo local do PMDB não fiscaliza com rigor devido a seus vínculos com os grileiros, vem provocando destruição ambiental em larga escala, com impacto inclusive sobre o lençol subterrâneo de águas. A nova determinação do Ibama é para fazer com que a legislação ambiental seja respeitada em todo o DF e, para isso, será considerado o decreto do ano passado que colocou cerca de 60% do território sob responsabilidade federal, com a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central. Imobilizado pela iminência de provável decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassando a candidatura do atual governador Joaquim Roriz e de sua vice Maria Abadia, o governo do DF tem deixado correr solta a agressão ao meio ambiente, vinculada principalmente à grilagem e parcelamento ilegal do solo. Nas unidades de conservação sob sua responsabilidade, como a APA do Paranoá, a fiscalização é precária (existem em atividade na secretaria de Meio Ambiente apenas cerca de 15 fiscais para todo o DF) e os conselhos paritários, planos de manejo e zoneamento ecológico não saem do papel. (Veja também www.ibama.gov.br e www.ambiente.org.br).
(-Viaecológica-Brasília-DF-31/03/03)
UC:APA

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