Expedição que passou 17 dias explorando a Serra do Aracá retorna a Manaus

A Crítica - http://www.acritica.com/ - 23/07/2017
Viagem vai render material especial a ser publicado em A CRÍTICA. "É uma experiência enriquecedora que ainda não consegui digerir ", diz o jornalista Sérgio Miranda



Retornou para Manaus, na tarde de hoje, uma expedição da Serra do Aracá organizada pelo jornalista Sérgio Miranda e composta por mais de trinta expedicionários, incluindo o fotógrafo Antônio Lima, de A CRÍTICA. O grupo deu início à aventura no dia 7 deste mês com o objetivo de desbravar uma área de beleza natural até então desconhecida pela maioria dos brasileiros, que fica próxima ao município de Barcelos.

No grupo, estavam pesquisadores da área ambiental, jornalistas e uma equipe de apoio responsável pelos suprimentos da equipe durante a viagem, que renderá um material especial a ser publicado em A CRÍTICA. No retorno a Manaus, Miranda adiantou um pouco da experiência vivida, como por exemplo as dificuldades enfrentadas pela equipe, que teve cerca de quatro meses para ser preparar.

"Não foram poucos os 'perrengues'. A começar pela locomoção. São três dias para ir, sendo dois dias de barco e um escalando a encosta para se chegar até o topo da serra. Com trechos em que tínhamos menos de trinta centímetros de chão para pisar na encosta, mochilas com mais de 20kg e a uma altura incrível, não foi fácil chegar lá e voltar ", contou o jornalista, que na volta teve de fazer o mesmo caminho junto com a equipe.

Apesar das agruras sofridas pela equipe, como o clima instável, com variações na temperatura de 20 a -2 graus, e ventos que chegavam a 100km/h, a experiência foi enriquecedora, nas palavras de Miranda, tanto no âmbito profissional, quanto pessoal.

"Ainda não consegui digerir tudo. Ainda estou sobre o efeito dela. Chegamos ao limite do esgotamento, mas saímos mais ricos como seres humanos e pesquisadores", disse ele, ressaltando que um retorno na região é uma unanimidade entre os expedicionários. "Todos querem voltar lá ano que vem. Ainda há mais coisas a serem descobertas, catalogadas, estudadas e analisadas. Como uma floresta que fica no topo de uma serra", adiantou o jornalista.

Falando em descobertas, Miranda afirma que, além do lugar ser uma potência no quesito turismo, por conta também de ter a maior cachoeira do Brasil, a Serra do Aracá é uma área propensa a ter várias espécies de animais e plantas ainda não registrados pela literatura científica.

"O que queremos dessa expedição é poder mostrar para as autoridades e órgãos responsáveis que há um tesouro escondido dentro do Amazonas desprotegido. Tanto que durante a expedição constatamos uma exploração mineral clandestina de pedras preciosas no local. O ideal é que seja criada uma base fixa em cima da serra, tanto para pesquisas futuras quanto para a proteção do lugar", concluiu Miranda.



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