Sistema reúne informação ambiental do Litoral Norte de SP

Agencia USP - http://www.usp.br/ - 13/03/2014
Um sistema online desenvolvido no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), instituição ligada a USP, irá produzir um banco de dados georreferenciados sobre os aspectos ambientais do Litoral Norte do Estado de São Paulo. Criado pela empresa SALT Ambiental, incubada no Cietec, o Sistema Integrado de Monitoramento Ambiental Participativo do Litoral Norte (SIMAP-LN) permite que qualquer pessoa com acesso a internet tenha acesso aos dados disponíveis e se cadastre para contribuir com novas observações. O SIMAP-LN reúne informações sobre praias, pontos de mergulho, avistamento de animais marinhos e crimes ambientais ocorridos na região.

O sistema fica hospedado nos servidores da empresa americana Amazon."No site do sistema existe um mapa com ícones que remetem a postagens feitas pelos usuários cadastrados, com informações sobre as observações realizadas no litoral", conta o oceanógrafo Thiago Marques Coelho, da SALT, que participou da criação do SIMAP-LN. "O público alvo é composto por pesquisadores, gestores de unidades de proteção ambiental, moradores, turistas e veranistas do Litoral Norte de São Paulo".

Para contribuir com novos dados, o usuário faz um cadastro gratuito e a partir da observação de alguma característica ambiental, o usuário acessa o site e marca o ponto observado, clicando em um mapa interativo. "O uso de uma câmera para fazer registros fotográficos e de GPS para obter a posição mais precisa do local de observação, são equipamentos interessantes para enriquecer e aumentar a qualidade do post, mas não obrigatórios para realizá-lo", acrescenta Coelho.

Informações ambientais
De acordo com o oceanógrafo, um grande desafio da gestão das áreas de conservação ambiental é a obtenção de um volume razoável de informações ambientais e organização das mesmas em um sistema onde seja possível de se trabalhar os dados e produzir indicadores importantes para tomadas de decisão mais eficientes. "Além disso, o melhor conhecimento e a participação ativa do público nas questões ambientais aumenta a conscientização ambiental coletiva e com isso diminui o mal uso da região", ressalta.

O sistema abrange toda a área costeira do Litoral Norte de São Paulo, localizada nas cidades de São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba, com extensão de cerca de 250 quilômetros, incluindo praias, costões rochosos e manguezais "Ele pode ser implementado em outras regiões ou ampliado para abranger uma área maior", aponta Coelho. "Uma versão para a Ilha de Alcatrazes, na região oceânica do Estado de São Paulo está em processo de implementação, com o apoio da Organização Não-Governamental SOS Mata Atlântica, para registro de pesquisas acadêmicas na região, incluindo a divulgação dos resultados dos estudos".

O SIMAP-LN está disponível para os usuários desde o último dia 1o de março, no endereço http://www.simapln.com.br . O sistema foi criado pela SALT Ambiental, com apoio da SOS Mata Atlântica, da APA Marinha Litoral Norte, ARIE São Sebastião), da Fundação Florestal da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e do Laboratório de Manejo, Ecologia e Conservação Marinha do Instituto Oceanográfico (IO) da USP.

Participaram do desenvolvimento do projeto Thiago Marques Coelho (coordenador e desenvolvedor da plataforma on-line), Daniel Giancolli Ruffato e Vitor Izumi (levantamento de dados e revisão do sistema), Adriana Lippi (desenvolvedora da plataforma on-line) e Leandro Inoe Coelho (designer), da equipe da SALT Ambiental. "O sistema levou aproximadamente um ano para ser criado, incluindo reuniões com gestores e técnicos de unidades de conservação marinha e trabalhos de campos para coleta de informações sobre a região do Litoral Norte de São Paulo", afirma Coelho.
Sensoriamento Remoto:Monitoramento Ambiental

Unidades de Conservação relacionadas

  • UC Marinha do Litoral Norte
  • UC São Sebastião (ARIE)
  •  

    As notícias publicadas neste site são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.