Ilhas do Combu e Algodoal são tema de nova publicação do Museu Goeldi

Museu Paraense Emílio Goeldi - www.museu-goeldi.br - 10/03/2010
Combu e Algodoal, ilhas paraenses de rio e de mar, respectivamente, têm sido alvo de pesquisas em botânica e ecologia empreendidas pelo Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) desde a década de 80, com vistas à gestão e à conservação de seus ecossistemas. Resultados dessas três décadas de estudos foram organizados pelo ecólogo Mário Augusto Jardim, do MPEG, e publicados no livro "Diversidade biológica das áreas de proteção ambiental: Ilhas do Combu e Algodoal-Maiandeua, Pará/Brasil", lançado em 2009 sob financiamento do Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

"O interessante em publicar esta obra surgiu da possibilidade de apresentar informações inéditas sobre diversos grupos taxonômicos dessas ilhas", diz o pesquisador do Museu. Situada à margem esquerda do rio Guamá, a ilha do Combu é parte do município de Belém (PA). Já a ilha de Maiandeua, cujo nome tem origem no tupi e significa "Mãe da Terra", também conhecida como ilha de Algodoal, pertence a um ecossistema de oceano. Ambas estão no Estado do Pará e têm comunidades que subsistem da pesca, da agricultura e do turismo.

Estudar para conservar - Combu e Algodoal são ambas Áreas de Proteção Ambiental (APA). Áreas extensas, com certo grau de ocupação humana, dotadas de atributos importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações que nelas habitam, e que pelo status de APA estão protegidas em sua diversidade biológica, as APAS têm seu processo de ocupação disciplinado e a sustentabilidade do uso dos recursos naturais assegurada.

"Diversidade biológica das áreas de proteção ambiental: Ilhas do Combu e Algodoal-Maiandeua, Pará/Brasil" traz quase 500 páginas, com informações inéditas sobre os diversos grupos de plantas encontrados no Combu e em Algodoal, como samambaias, orquídeas e bromélias.

"A obra consta de 28 trabalhos, que abrangem as áreas de taxonomia, ecologia, morfologia e anatomia vegetal; florística; plantas aromáticas e medicinais; manejo; fenologia; e outras áreas correlatas, referentes ao homem e ao meio em que vivem", explica Mário Jardim na Apresentação da obra. O livro oferece, por exemplo, um inventário das pteridófitas, plantas popularmente conhecidas como samambaias, e das orquídeas, família do reino vegetal que mais se destaca em número de espécies e que, devido a sua grande variedade genética, tem sua importância ligada ao potencial ornamental de suas flores.

Composta de duas seções, onde a primeira traz os trabalhos científicos voltados para a Ilha do Combu e, a segunda, apresenta os resultados das pesquisas realizadas na Ilha de Algodoal, a publicação conta, ainda, com imagens e gráficos que auxiliam na compreensão dos textos de caráter científico. Materialização de 30 anos de estudos científicos, "Diversidade biológica das áreas de proteção ambiental: Ilhas do Combu e Algodoal-Maiandeua, Pará/Brasil" integra a coleção Adolpho Ducke do Museu Emílio Goeldi.

Serviço - Diversidade biológica das áreas de proteção ambiental: Ilhas do Combu e Algodoal-Maiandeua, Pará/Brasil está disponível para doação na Coordenação de Informação e Documentação (CID) do Campus da Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, sito à Avenida Perimetral, 1901, Terra Firme. Mais informações pelo telefone (91) 3217-6061
UC:APA

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